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Colégio do Conhecimento

Epígrafe

Conhecimento é poder! Aqueles que o possuem estão sempre vários passos à frente. Mas onde está o verdadeiro conhecimento? Qual será a fonte da sabedoria? A resposta encontra-se em nós mesmos. Tudo que é necessário para a elevação da consciência está oculta nela mesma, basta estimulá-la a revelar o conhecimento latente, que deve ser expandido e difundido. Quem ensina aprende, e leva a si mesmo e ao seu irmão para mais perto do Incognoscível. Peguem suas penas e tinta... E que o conhecimento floresça!

Janus Baltazar, o Sábio

Prólogo

“— O Incognoscível é mente — repetia o ancião. — Todas as coisas estão contidas nele, os deuses, os demônios; os reis, os vilões; os magos, os estúpidos. Do sublime ao bárbaro, do belo ao hórrido, todas as coisas estão contidas nele.

Os aprendizes eram todos magos de mente arguta, aceitos após provações intelectuais árduas e cuidadosas. Eles se mantinham em silêncio respeitoso, ouvindo as palavras do Sábio, embora nem todos concordassem.

Ao fundo da sala, o jovem Ullius Beltane levantou-se pedindo a palavra, que lhe foi concedida: — Sábio, nos disseste que o Incognoscível é mente, porque do contrário seria forma, e não poderia ser perene, por estar sujeito à mudança. E todos nós somos produtos da mente incognoscível, nem mais, nem menos valiosos que os deuses ou os animais. Qual o sentido disso tudo, então? Para que estudarmos tão arduamente durante nossas vidas inteiras, se teremos como destino o mesmo oblívio de qualquer outra criatura?

O Sábio observou detidamente o jovem, e avaliou a reação de desaprovação dos outros aprendizes, tolos seguidores silenciosos. Nada havia que o ancião respeitasse mais que a audácia em busca do conhecimento.

— Jovem Ullius, fazemos isso porque temos algo que nos identifica com o Incognoscível: a mente. O conhecimento é a chave que nos salvará do oblívio, dando-nos a Consciência Elevada que sobrevive à morte. Deixe-lhes contar uma história

***

“Atradis estava sentado sob um frondoso carvalho, que fora plantado há tempos pelo próprio patriarca de sua linhagem real. Uma terrível guerra devastou seu reino e limpou seu sangue de Tagmar.

Atradis era o último de sua estirpe. Lágrimas amargas escorriam pelo seu rosto, lavando dele o sangue de seus inimigos e irmãos. As chamas de seu castelo tingiam a noite de vermelho, e sua espada quebrada estava sobre seu colo. O pobre príncipe tinha um cálice vazio em suas mãos e a sede o dilacerava após um dia repleto de batalhas e tristezas. Cansado, ele fechou os olhos e esperou que Cruine enviasse uma parca que o conduzisse até seus antepassados. Mas uma voz melíflua o arrancou das trevas e da desesperança.

‘Porque choras, jovem príncipe?’ — perguntava a doce voz. Atradis abriu seus olhos e viu um infante de finas roupas, com traços indefinidos. À sua cintura pendia uma adaga de fio duplo, sem bainha, enfiada no próprio cinto. Ele (ou ela) vestia uma túnica vermelha e uma capa azul, e um halo dourado circundava seu corpo.

‘Choro porque já não sou príncipe: não tenho reino ou súditos. Choro porque estou só: todo meu clã se encontra nas plagas do senhor da noite. Choro porque nada mais tenho.’ O jovem o olhou tomado de piedade e voltou a falar — ‘Nada do que perdeste era teu. Tudo que te for externo pode ser tirado de ti... portanto, alegra-te, jovem príncipe, pois tudo o que te acontece e aconteceu só serviu para enriquecer a única coisa que possuis.’”

***

— O que era essa coisa, ó Sábio? — perguntou um dos aprendizes.

—Sua mente —, respondeu o grande ancião. E continuou….

***

“Atradis olhou para seu colo e viu que sua espada estava novamente inteira, e que havia hidromel em sua taça. ‘Beba!’, disse o infante, e o príncipe bebeu, e sua sede e sua tristeza se foram. Apontando para a espada, lhe disse ‘empunhe-a!’. ao empunhá-la, Atradis viu em sua lâmina de dois gumes o bem e o mal.

‘Não mais sentirás sede, porque bebeu da copa que enchi, e o bem e o mal não te terão segredos, desde que nunca embainhes a espada que reforjei para ti’.

Ao levantar-se, Atradis olhou para o infante e viu que o infante era ele. Olhou também para o velho carvalho, e se viu nele. E nas pedras do caminho. E nos aldeãos e selvagens. E nos tronos dos palácios. Por isso, Atradis escreveu O Tratado e nos legou um caminho que nos salvasse do oblívio.”

***

— Contudo, mesmo sendo tão clara a mensagem e evidente a senda, muitos de nossos irmãos não compreenderam a mensagem — disse o Sábio com o dedo em riste.

— As lendas d’O Tratado rezam que Atradis teria recebido do infante misterioso dois grandes dons: jamais teria necessidade de qualquer coisa para subsistir e veria lucidamente através do bem e do mal, desde que sua espada jamais fosse encerrada numa bainha. Daí nasceram os cânones da mente e da Consciência Elevada. Muitos colegiados interpretam a copa de hidromel como a conquista da imortalidade e da perenidade e a lâmina encantada seria um símbolo da mente onisciente, capaz de desvendar o bem e o mal. O oblívio estaria implícito na alegoria da bainha: o invólucro que encerra a espada da mente.

A preleção do Sábio se encerrou e todos foram dispensados para retornarem aos seus alojamentos, exceto o jovem Ullius. O rapaz demostrou a deferência adequada, seguindo o Sábio um passo atrás, pela esquerda. O ancião parou, sorrindo, e o convidou a adiantar-se.

— Jovem Ullius, você poderia ser aceito pelos Mestres Elementais, Alquimistas ou mesmo se quisesse pelos Necromantes. Não estamos num Colégio de magos notórios pelo uso de efeitos vulgares ou impressionantes, e de fato, muitos acreditam que não passamos de filósofos e estudiosos mundanos. Por que nos escolheu?

— Mestre, não posso dizer que os escolhi sem ser arrogante. Não procuro notoriedade como feiticeiro. Os jogos de poder, o orgulho, as pequenas rivalidades acadêmicas... nada disso me interessa. Tudo o que eu possa obter de outrem, seja respeito, ódio ou mera fama, é dispensável, uma vez que me pode ser tirado, assim como me foi dado. O que eu desejo é despertar em mim o conhecimento latente, oculto sob o peso da ignorância que cerca nossa vida neste mundo... eu procuro um meio de desembainhar a lâmina da mente. Acho que, por isso, o Colégio me escolheu.

O ancião assentiu com orgulho, reconhecendo no jovem um aprendiz promissor.

Caminhando em confortável silêncio, mestre e pupilo adentram um escritório pequeno, mas coberto de livros e mapas. Sobre uma mesa de madeira escura havia vários livros empilhados e rolos de pergaminhos deixados displicentemente. Uma folha ainda aberta mostrava uma caligrafia esmerada, com letras grandes e traços firmes.

— Dartel — disse o ancião —, o grande desafio dos sábios de Calco. Este tratado que escrevo é para eles; espero que lhes seja útil.

Ullius observa o escritório, os olhos pousando avidamente sobre os títulos dos livros em suas capas ou lombadas. O velho mago apenas o observava e sorria com paciência.

— Você levará este tratado até Calco para mim Ullius... e lá permanecerá.

A atenção do discípulo estava mais uma vez concentrada no mestre, em seu rosto uma expressão mal disfarçada de surpresa e decepção.

— Senhor, se o ofendi de alguma forma, me perdoe

— Não Ullius, você não me ofendeu, fique calmo. Não o estou punindo por nada mandando-o a Calco. Aqui não há nada para você... ainda. Lembre-se do Tratado: o conhecimento está em você, e o mundo pode despertá-lo. Eu consegui uma vaga como professor para você, em Calco. Você lecionará História do período pré-Seita a alguns jovens brilhantes.

- Um conselho: dê algo do que tem, e o Incognoscível o presenteará com mais!

O Colégio

O conhecimento é a chave do poder de qualquer mago. Contudo, há milênios uma escola de feiticeiros chegou à conclusão de que o conhecimento não é um meio para chegar-se a um fim, mas um fim em si mesmo; é o próprio reino da onisciência e perenidade, e deve ser alcançado, a qualquer custo.

Tal escola evoluiu através dos tempos e é hoje o respeitado, e às vezes temido, Colégio do Conhecimento.

História

O Colégio do Conhecimento baseia sua filosofia num livro antiquíssimo chamado de “O Tratado” pelos estudiosos do Colégio, escrito num dialeto pré-malês esquecido e obscuro. De acordo com O Tratado, um nobre de nome Atradis teria iniciado a Tradição do Conhecimento em tempos longínquos, logo após uma guerra que devastara seu reino. Mesmo os mais renomados estudiosos são incapazes de precisar o local do dito reino ou a raça a qual pertencia Atradis, e há muitas controvérsias sobre a legitimidade da história como registro histórico — de fato, muitos magos proeminentes insistem em simbolismos e alegorias ao falarem do príncipe.

O único ponto pacífico para todos é a doutrina: o criador de Tagmar e do restante do cosmo é uma entidade chamada de Incognoscível, porque nenhuma mente mortal pode entender. De acordo com os Dogmas do Conhecimento, o Incognoscível é eterno, ilimitado e imutável, e tudo o que foi criado se encontra nele. Tal entidade é identificada com a mente porque, assim como a mente, é capaz de criar diversidade sem afetar sua unicidade. Os mestres do Colégio postulam que uma criatura inteligente é capaz de se sintonizar com o Incognoscível através da acumulação de conhecimento — ao conseguir tal sintonia, a criatura tornar-se-ia o que chamam de Consciência Elevada: uma criatura de poderes imensos, como são os deuses. A principal objetivo em tornar-se uma Consciência Elevada reside em escapar do processo conhecido como oblívio — a anulação da personalidade decorrente da morte.

Os registros do Colégio dizem que, nos primórdios da organização, quando eram apenas uma escola, alguns irmãos levantaram a questão da moralidade e da ética — se o conhecimento era seu objetivo final, então não deveria haver limites éticos para que ele fosse alcançado. Essa era uma questão grave, uma vez que, se o próprio Atradis preocupou-se em legar suas considerações sobre o caminho para a posteridade, o abandono da ética e da moral não eram pré-requisitos necessários (ou mesmo desejáveis) para a conquista da Consciência Elevada. Durante meses os magos discutiram a questão seriamente, com todas as suas implicações, até que a maioria dos membros renegaram o abandono da moral. Os magos amorais abandonaram então a escola para seguir seus próprios caminhos, e passaram a ser conhecidos como Irmãos das Sombras. Não existe rivalidade entre o Colégio do Conhecimento e os Irmãos das Sombras, mas eles jamais se envolvem uns com os outros — seus caminhos, assim como seus métodos, há tempos foram separados.

Os Irmãos das Sombras estão envolvidos com membros da Seita, assim como hereges, elfos sombrios, e jamais se comprometem com as ideologias do colégio. São criaturas pérfidas, imensamente egoístas, cujo objetivo primeiro e último reside na manutenção de sua própria personalidade. Qualquer relacionamento, acordo ou pacto vislumbra esse objetivo. O restante não passa de meios necessários e descartáveis a seu tempo.

Recentemente, os Necromantes tiveram contato com os Irmãos das Sombras, um contato nada amistoso. Os Irmãos foram declarados grigori e alvo de guerra de extermínio por parte dos Necromantes, e muitos bardos sussurram que os mais radicais membros do Círculo Interno desejam estender o anátema ao Colégio do Conhecimento, por ter se mantido em silêncio por tanto tempo a respeito de um dos mais malignos grupos atuando em Tagmar…

Localização

O Colégio do Conhecimento possui opulentos colégios nas principais capitais do Mundo Conhecido — em Saravossa, Muli, Senseras, Telas e, é claro, Runa, onde se encontra seu mais espetacular campus, o Magna Opus. Trata-se de um colossal castelo projetado pelos Mestres do Colégio, dominando um alto promontório que dá vista a todos os arredores da cidade chamado Mirante dos Sábios, em função do próprio Colégio. Visto de cima o prédio tem a forma de um pentagrama voltado para o nascente. A ponta referente à “cabeça” do pentáculo abriga a Casa Capitular, onde ficam as dependências do Grão-Reitor, também chamado “o Sábio”, e dos principais Mestres da Ordem, desde que escolham habitar no Magna Opus. Outro destaque é para o Palácio dos Senhores do Conhecimento em Telas, que apesar de seu aspecto sóbrio, é considerado um dos locais que guaram os mais secretos e poderosos conhecimentos.

Símbolos

Os membros do Colégio são vastamente conhecidos pela sua afeição à Simbologia. Sua arte refinou-se bastante através dos milênios, mas algumas chaves são fundamentais para a decifração de seus símbolos: para o Colégio, as cores amarelo, vermelho e azul representam três estágios, por assim dizer, das criações do Incognoscível. O vermelho representa a inércia, a cristalização, e em geral serve para designar as criações do mundo físico; o azul é o dinamismo, o movimento e a mudança, e é vastamente utilizado para designar forças espirituais, em especial a magia; e o amarelo é a cor que designa o equilíbrio, a força reguladora entre a inércia e a mudança, e faz referência à Consciência Elevada. Os Mestres e personalidades veneradas deste colégio são identificadas em pinturas e afrescos com um halo amarelo em torno do corpo, e apenas o Sábio usa vestimentas e paramentos amarelos dentro dos templos do Colégio.

A espada (ou qualquer outra lâmina de fio duplo) é a representante da mente — a lâmina de dois gumes que penetra o bem e o mal. Os gumes da lâmina são brancos e pretos, enquanto seu cabo, por motivos óbvios, é dourado. O mais difundido emblema do Colégio do Conhecimento, que serve para o identificar junto ao mundo exterior, é o de três círculos flamejantes anelados, um amarelo ao alto, sobre um vermelho e um azul, com um punhal no interior de cada círculo, com os cabos se tocando no interior do emblema.

Objetivos

O Tratado reza que todos os seres inteligentes provêm da mente incognoscível, e por isso podem sintonizar com ela. Quando isso acontece, nasce uma Consciência Elevada — uma personalidade pronta para a onisciência e livre da morte. O compêndio diz que todo o conhecimento necessário para a elevação da consciência está oculto nela mesma, embora apenas as relações com o mundo (que também é produto do Incognoscível) possam estimular e revelar este conhecimento latente. Por isso os noviços do Colégio são estimulados ao estudo e, principalmente, à prática de tudo o que aprenderam — todo conhecimento adquirido é somado ao anterior, transformando-o e possibilitando a aquisição de novas informações, que serão postas em prática, gerando experiências que serão assimiladas, permitindo a continuidade do processo.

Os magos do conhecimento não são egoístas. se simplesmente buscassem a elevação para si mesmos, não seriam muito diferentes dos Irmãos das Sombras. Como era de se esperar num Colégio de magos com este nome, a passagem do conhecimento é vista como fundamental no caminho que leva à elevação. Parafraseando o Tratado: “quem ensina aprende, e leva a si mesmo e ao seu irmão para mais perto do Incognoscível”. Cada membro do Colégio deve passar pela experiência do magistério alguma vez em sua vida, formalmente ou não.

O conhecimento deve ser espalhado — sem esta atitude, o Colégio perde sua razão de ser.

Para ser aceito no Colégio

A busca incessante pelo conhecimento oblitera qualquer outra necessidade. os postulantes ao Colégio devem estar prontos a abandonar qualquer outra preocupação em suas vidas: estudo árduo, duradouro e dedicado são a única rotina que conhecem estes magos.

Como vivem para o mundo intelectual, um certo desapego pelas coisas materiais e passageiras também são muito valorizados nos candidatos. Os tomos, as bibliotecas, os pergaminhos ancestrais: nada disso tem valor em si senão pelas informações que encerram em suas páginas. Com o passar dos anos, é comum que o desapego e a obstinação dos Magos do Conhecimento venham a se tornar puro estoicismo.

Humanos e meio-elfos predominam no Colégio, em termos raciais. Embora não se possa dizer que haja poucos elfos dourados, nem de perto eles se igualam numericamente aos seus meios-irmãos e à grande quantidade de estudiosos humanos. Talvez pela vida reservada e reclusa em prédios sombrios e embolorados, pouquíssimos elfos florestais se associam a esta escola de magos.

Ética

Os magos do conhecimento insistem com seus discípulos: devemos viver no mundo e para o mundo, jamais pertencendo a ele. Suas práticas e tradições têm o objetivo de gerar mentes elevadas que trarão prosperidade para Tagmar e para os filhos dos deuses. Vaidade, sede de poder ou mero desejo de reconhecimento não têm espaço nesta escola. Uma vez, após visitar um dod Colégiod do Conhecimento, um poderoso mago elementalista afirmou: “parecem todos iguais”. De fato, sua filosofia prega que as diferenças entre os seres inteligentes surgem em função de seus vícios, que expressam desarmonia. As virtudes, por sua vez, trazem equilíbrio e levam todos aos pés do Incognoscível.

Um mago do conhecimento deve cultivar a disciplina e o altruísmo acima de todas as virtudes: aquela ajuda na busca da Consciência Elevada e ampara nos momentos de turbulência; esta evita que os magos caiam nas armadilhas do individualismo que os prende ao mundo.

Organização

Como era de se esperar, o Colégio adota uma hierarquia rígida e formal — cada Instituição conta com um Reitor, que tem sob sua direção um Conselho Acadêmico, responsável pela organização do conhecimento a ser transmitido e pelo recrutamento de magos capazes para ensiná-lo. Todas as instituições de ensino, por sua vez, estão submetidas à Magna Opus e às deliberações do Sábio e seu Conselho de Mestres.

O Sábio, Grão-Reitor da Magna Opus e de todas as instituições do Colégio, é o mais alto cargo da organização, o guardador e transmissor dos ensinamentos de Atradis. Apoiado por seus Conselheiros-Mestres, ele dita o planejamento mágico e pedagógico a ser seguido por todos os estudiosos. O cargo é vitalício, mas o Sábio pode se aposentar quando bem entender, indicando seu substituto. É costume que cada Sábio deixe em testamento o nome de seu sucessor em caso de morte, mas se isso não acontecer uma reunião, chamada Capítulo, é convocada e quando todos os reitores de todas as instituições do Colégio se reúnem para eleger o novo Sábio.

Embora as demais Instituições do Conhecimento tenham um número mais ou menos variável de Conselheiros a serviço do Reitor, Magna Opus conta com três Conselheiros-Mestres: o Mestre Cientista, responsável pelos estudos relativos ao mundo físico e suas ciências; o Mestre Arcano, que rege a cátedra que estuda as conexões mágicas e suas leis e o Mestre Filósofo, responsável pelas ciências éticas, morais e metafísicas.

Abaixo do Sábio, do Conselho de Mestres e dos reitores encontra-se um sem-número de coordenadores, professores e orientadores, organizados da forma que melhor couber a cada colégio.

Lideranças

Acima de toda a hierarquia do Colégio do Conhecimento, temos:

Janus Baltazar, o Sábio: Grão-Reitor do Colégio há cinquenta anos, Janus é humano. Aparenta uma idade avançada, embora ninguém saiba ao certo quantos anos tem, sendo, contudo, um homem disposto e saudável.

Possuidor de um humor sutil e uma incrível capacidade empática, o Sábio é conhecido e respeitado por sua inigualável sabedoria e por seu imenso poder mágico, sendo constantemente requisitado por renomados filósofos, magos e estudiosos de todo o mundo conhecido. A despeito de todos os projetos de que tome parte, Janus muito raramente sai da Magna Opus preferindo, sempre que as ocasiões permitam, mandar emissários de confiança para representá-lo: magos escolhidos pessoalmente e notórios por sua inteligência e competência.

Como era de se esperar, a reclusão e a idade avançada do Sábio geram comentários, algumas vezes preocupados, sobre sua sucessão. O fato é que muitos magos gostariam de estar próximos do manancial de sabedoria que são os arquivos secretos do Grão-Reitor, e do poder místico e mundano que o cargo traz...

Victriz, a Mestra Arcana: uma belíssima meio-elfa filha de um pai humano oriundo da nobreza de Calco e de mãe elfa dourada. Victriz recebeu uma esmerada educação familiar, síntese de tradições ancestrais élficas com o ensino de sábios preceptores contratados por seu pai, que veio mais tarde a ser complementada por anos de estudos nos melhores colégios de seu reino natal, além do treinamento mágico recebido da família élfica.

Vista como uma maga reservada e misteriosa, sua atitude polida e silenciosa geralmente é confundida com humildade ou timidez. Um ledo engano! Victriz possui uma certa vaidade intelectual, que costuma ser reforçada pelo orgulho que sente de sua ascendência nobre. Sua atitude contida deve-se a desaprovação do Sábio no que diz respeito a ostentação e descortesia. O fato é que Victriz é arrogante e intimamente ressentida de ter de curvar-se a um homem mais jovem e de origem obscura. Mais de uma vez a Conselheira e o Sábio tiveram conversas reservadas, sempre a respeito de seu comportamento. Victriz só não foi ainda afastada de sua função em virtude de sua fantástica competência, e da teimosia de Janus em sempre tentar estimular o que há de melhor naqueles que o cercam.

Recentemente, Victriz recolheu-se aos seus laboratórios para estudar um tomo antiquíssimo, que data do segundo ciclo, detentor de segredos arcanos inigualáveis, catalogado na biblioteca de Magna Opus como Grimorium Grigorii, em alusão ao pretenso autor da obra, um mago cuja existência ainda não pode ser confirmada. Os poucos avanços conseguidos por Victriz já se mostraram bastante notáveis, e a maga aposta que o sucesso granjeado por seus estudos pode garanti-la na sucessão da reitoria.

Afinal, por mais sábio e poderoso que seja, Janus certamente não viverá para sempre...

Estringardi, o Mestre Filósofo: o mais jovem dos conselheiros, Estringardi é conhecido por sua sedutora oratória e por seu humor mordaz. Este mago foi por muitos anos diplomata de Ludgrim, e dizem que tal é seu poder de convencimento que seria capaz de fazer parecer razoável ao rei verrogariano abraçar um sacerdote élfico de Palier. Donatar lamentou muito a perda de seu servidor e amigo próximo para o Colégio e chegou a ceder um antigo forte que foi transformado em uma das sedes do colégio, onde por muito pouco tempo permaneceu Estringardi — suas habilidades em resolver conflitos pacificamente logo o fizeram galgar com rapidez a hierarquia do Colégio.

A maior parte do tempo, Estringardi percorre o mundo conhecido representando o Sábio e o Colégio, ficando menos de um semestre na Magna Opus — tempo o bastante para colocar em ordem os assuntos de sua cátedra. Recentemente o Mestre Filósofo se viu envolvido em negociações realmente espinhosas com o Colégio Necromântico: Estringardi e Nabu encontraram-se secretamente em Abadom, aparentemente para falar claramente do envolvimento do Colégio do Conhecimento com os Irmãos das Sombras. Ao que parece, tanto o Filósofo quanto o Encapuzado preferem evitar atritos entre as escolas de magos, mas certamente Estringardi terá problemas para convencer os membros menos razoáveis do Círculo Interno dos necromantes...

Faustus, o Mestre Cientista: o mais velho membro do Conselho, este elfo dourado com séculos de vida é um mago apaixonado pelo saber: Astrólogo, físico, arquiteto e geólogo, só existem para Faustus dois lugares onde se sente à vontade: em sítios de pesquisa e em salas de aula. Estringardi costuma brincar dizendo que a incrível habilidade intelectual do acadêmico foi compensada por uma absoluta inépcia social — lacônico, distraído e tímido. Faustus costuma chamar para si uma atenção indesejada, em função da aura de mistério que o cerca e de sua beleza física. As mulheres parecem ficar fascinadas por ele, que não consegue esconder o constrangimento que sente por isso.

Faustus e Victriz foram amantes por um longo tempo, mas ao que parece, a ambição e arrogância da Mestra Arcana trouxe fim ao romance — desinteressado por conspirações acadêmicas e busca de prestígio, Faustus afastou-se de sua colega e dedicou-se em tempo integral às suas pesquisas. Dizem que ele continua apaixonado por Victriz, que se aproveita disso para granjear apoio em assuntos do Colégio, sempre sem sucesso.

Em uma de suas últimas escavações, Faustus encontrou o tomo que seria chamado Grimorium Grigorii em uma cripta que fazia parte de um complexo de túneis sob Levânia, e o entregou à Mestra Arcana para pesquisa. Contudo, Victriz vem se tornando cada vez mais reclusa e obsessiva em seus estudos, fato que mesmo o distraído Cientista já percebeu...

Rumores & Intrigas

Roubo Anunciado: irmãos das Sombras estariam contratando ladinos para roubar o misterioso Grimorium Grigorii a qualquer custo, uma verdadeira fortuna está sendo oferecida e alguns bandos já demonstram interesse, não obstante os riscos da tarefa.

Tentativas de assassinato: recentemente houve tentativas de assassinato contra Janus, O Sábio. Apesar da culpa ter recaído sobre um antigo aluno do Colégio, buscando vingança por haver sido expulso, há muita especulação sobre os verdadeiros mandantes – Irmãos das Sombras, outros membros do Colégio que desejam o cargo de Grão Reitor e, até mesmo, o Colégio dos Necromantes.

A blasfema: sacerdotes de Palier, o deus do conhecimento, começam a discutir um tema incômodo – A heresia do Colégio do Conhecimento. Segundo os acusadores, toda a filosofia sobre a “suposta” existência de uma entidade chamada “Incognoscível”, pretensamente superior a tudo, inclusive aos deuses e titãs, é uma heresia perigosa, hedionda e uma grande blasfêmia. Diálogos e discussões começam a ser travados, mas alguns já falam de apostasia, ensino de demônios, prisão, banimento e, até mesmo, pena de morte para os membros do Colégio do Conhecimento que insistirem nessa afrontosa filosofia.

Objeto de Poder: dizem que Janus, antevendo sua morte, teria transferido toda sua mente, sabedoria e conhecimento para uma coroa mágica. Tal objeto de poder, quando usado, daria a seu portador livre acesso a todos os conhecimentos e habilidades acumulados pelo poderoso mago ao longo da sua vida. Janus teria enviado a coroa secretamente para um rei amigo, mas o objeto teria sido roubado e, agora, encontra-se desaparecido.

Infiltração no Colégio: apesar do que dizem os líderes do Colégio em Magna Opus, os Irmãos das Sombras já estenderam seus braços e garras muito profundamente no coração do Colégio do Conhecimento. Diz-se, até mesmo, que alguns Reitores dos Colégios são, na verdade, Irmãos das Sombras e que, além disso, uma passagem de poder está bem próxima de acontecer. Estringardi está absorto em reunir informações e grupos de aventureiros que possam descobrir provas sobre isso.

Contratam se aventureiros: Victrix, enquanto dedicada aos estudos do Grimorium Grigorii, tem contratado e enviado em segredo vários grupos de aventureiros a várias regiões dos Reinos e até além, com alguns grupos sendo enviados para além das Geleiras, e segundo os boatos, até mesmo ao Império. O porquê disso e a natureza dessas missões permanece um total mistério, mas todos concordam que deve ter relação com o misterioso livro.

Verbetes que fazem referência

Livro dos Colégios

Verbetes relacionados

Colégio Alquímico | Colégio das Ilusões | Colégio do Conhecimento | Colégio Elemental | Colégio Naturalista | Colégio Necromântico
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